Por esses momentos meu, nublados, sem razão.
Pelo passado em pedaços, perdidos nas viagens
De minha vida.
Sem querer saber a historia das tatuagens que marcam
O meu coração...
Ama-me como eu sou; Pra que perguntar?
Marinheiro que por tantos mares, inutilmente
Se procurou... e se perdeu, com tão pouco talvez
Pra te dar, mas tão pouco... tão Eu...
Ama-me como eu sou; e Sê o que tú és...
Humilde, bom, carinhoso.
Não queira amarrar-me, nem tolher-me, nem ser
Sombra a seguir-me, preso aos pés...
Deixa-me livre, como um velho barco.
Concede-me a solidão, nos meus momentos de zero,
Ou de temporal, em que caio em mim mesma,
E que só preciso de mim para voltar...
Sê o que tú és; Sempre disposto a se dar sem
Recompensas, alegre toda vez que chego e atiro
Minhas amarras para ficar, feliz porque cheguei
Sem Ter saudades, sem deixar prá trás o que me
Aflige.
Ama-me como eu sou; não queira mudar-me,
pois bem sabes que não posso... e já não há mais tempo,
é o meu coração quem te fala.
Simplesmente abriga-me em teus braços...
Que neles renasço, que que após o prazer sou,
Uma mulher feliz.
(J.G. de Araujo Jorge)
PS: algumas frases modificadas.
Esse poema me acompanha desde a minha
Adolescência, é o meu preferido.
Amo muitas poesias, porem esse poema mexe muito comigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário