Rochedos!

Não somos barcos a deriva em alta maré...
Somos os rochedos de uma grande encosta,
onde vez por outra, ondasvem até nós,
nos trazendo a cura para a nossa solidão!
Não somos passaros desviados do nosso rumo por um vendaval.
Se migramos sabemos onde pousar,
Sabemos onde deixamos nossos ninhos para um dia voltar.
Não somos arvores secas... sem folhas, flores, sem frutos.
Somos o pomar, repleto de vida, dando a quem nos procura...
O alimento, a reflexão, a sombra!
Não somos um poço seco... Não!
Ainda damos a beber a agua fresca, saciando a sede daqueles que chegam,
depois de tanto perigrinar.
Não somos o inverno interminável...
Somos primavera, trazendo a renovoção... O verão levando alegrias!
Somos?
Canção !!!
Temos o dom de tambem ser a propria natureza.
Saudando o Sol a cada manhã!
Agradecendo a Lua...
Mesmo estando nua dentro da propria solidão

O que não posso dizer!

Queria dizer-te o que não posso dizer...
Ou mesmo quando não há tempo a dizer...
Queria sim... gritar o que calo,
por medo de perder o encanto do momento,
que é tão raro!
Transbordar as lagrimas que secam
antes mesmo de rolarem pela minha face.
Dançar pra você com a espada que prendo em minha cintura,
mas que já foi cravada em meu peito a muito...
Queria umedecer meus lábios com o orvalho abençoado,
que a lua derrama sobre mim, e sobrepor nos lábios teu,
mesmo gelado pelo gosto da saudades, que você faz eu experimentar.
Queria... Queria sim... ver uma luz nos olhos teu brilhar
quando perto de mim você chegar.